Representando o prefeito de Macaé, Welberth Rezende no lançamento, o secretário de Ambiente, Juninho Luna, sugestionou que o atual governo potencializou as políticas públicas para a mulher e a proteção animal. “Neste ato está consolidado este trabalho, animais domésticos e silvestres são cuidados diariamente sem hora pela nossa equipe e estamos incrementando a estrutura para que as demandas tenham cada vez mais a atenção necessária que a população precisa”, realçou.
No lançamento, o Subsecretário de Proteção Animal, Luan Campos, apontou que a Prefeitura de Macaé, através da Subsecretaria Municipal de Proteção Animal, tem trabalhado muito nos últimos meses na construção de políticas públicas para a causa animal. “Em 209 anos de história da nossa cidade, temos uma grande oportunidade através desta gestão de dialogar, pensar, construir e viabilizar projetos em prol da causa, numa pasta dedicada exclusivamente a promover a proteção e o bem-estar animal, fazendo de Macaé uma cidade ainda mais amiga dos animais”, assegurou.
Luan citou a importância da abordagem das políticas públicas para as mulheres na cartilha, além da educação ambiental e do bem- estar animal.
Compuseram a mesa da solenidade além do secretário de Ambiente, Juninho Luna e do Subsecretário de Proteção Animal, Luan Campos; o vereador Rafael Amorim; a Secretária de Políticas para as Mulheres, Jane Roriz; o representante do NUPEM, Jackson Menezes; a subcomandante Operacional da Guarda Ambiental, Raquel Giri e o Coordenador de fauna silvestre, Fernando Barreto.
A importância de cada animal dentro da fauna e do ecossistema foi mencionada por Raquel Giri. “Como educadora ambiental afirmo que é um grande avanço essa cartilha para levar a consciência para as pessoas”, exaltou.
Doutor chama atenção para cadeia de maus-tratos
De acordo com o representante do NUPEM, doutor Jackson Menezes, a universidade vem com um instrumento importante para contribuir com a causa animal, que é a ciência. “A ciência é a melhor ferramenta que temos e está à disposição das secretarias, da Câmara, dos órgãos executivos para auxiliar nesta grande e importante causa. A relação entre o animal e o homem é muito mais do que simplesmente preservação da espécie. Ela envolve todos os setores da sociedade”, completou.
Jackson ampliou o tema e disse que o agressor se vale da vulnerabilidade de um animal doméstico ou silvestre para em um primeiro momento expor o seu perfil agressivo e nocivo à sociedade. “A violência escala para mulheres, idosos, crianças e portadores de necessidades especiais. Os órgãos de segurança que verificarem denúncia podem saber que por trás de uma atitude de maus-tratos existe uma cadeia envolvida e precisamos estar atentos a isso”, analisou.
Secretária destaca ampliação da rede de proteção
A correlação entre violência contra animais e contra a mulher foi apontada pela Secretária de Políticas para a Mulheres como enfrentamento e luta pela vida. “É uma pauta desconhecida pela população e essa é uma oportunidade para levar esse conhecimento porque informação é algo libertador. Que nós possamos ser uma rede de proteção ainda mais forte”, expôs Jane Roriz, estimulando que todos sejam multiplicadores da teoria do elo, que fala da conexão entre os maus-tratos aos animais e outros tipos de violências, mostrando que pessoas que maltratam animais são menos empáticas e mais propensas a atos violentos, seja dentro ou fora de casa.
A cartilha divulga que algumas obrigações da adoção responsável são garantir alimentação de qualidade, boa ingestão de água, local limpo, proteção do tempo, banhos regulares, vacinação e visitas ao médico veterinário de forma recorrente. Na alimentação, é orientado que o animal tenha hora para comer, criando uma rotina.
Entre os cuidados médicos, o material enumera que exames de sangue, vacinas e ultrassonografias fazem parte dos cuidados que os donos devem ter. Alguns cuidados são mensais, como a vermifugação, combatendo os vermes mais comuns e também a Dirofilaria, que ataca o coração.
Maus-tratos a animais acendem sinal de alerta para violência contra mulher
A teoria do elo afirma que os maus-tratos aos animais são sinais de alerta de um lar conturbado e muitas vezes também são o primeiro sinal da violência doméstica, onde tanto os familiares quanto os animais da residência são vítimas das agressões.
Estudos apontam que o animal é um importante suporte emocional para a vítima e pode ser usado pelo agressor como objeto de vingança e de controle da mulher, sendo ainda um motivo de maior exposição dela à situação de violência devido à preocupação com a vida do seu pet.
A cartilha é virtual e pode ser acessada aqui.