PATERNIDADE ATIVA E CARREIRA DE SUCESSO: COMO EXECUTIVOS CONSEGUEM EQUILIBRAR SUAS FUNÇÕES

LED EXPERT TRAZ PARA O BRASIL PAINÉIS TRANSPARENTES QUE FAZ PRODUTOS ‘FLUTUAREM’
agosto 9, 2024
CPI DA ALERJ VAI CONVOCAR PRESIDENTES DE PLANOS DE SAÚDE POR CAUSA DO CANCELAMENTO DE CONTRATOS DE PCDs
agosto 10, 2024

PATERNIDADE ATIVA E CARREIRA DE SUCESSO: COMO EXECUTIVOS CONSEGUEM EQUILIBRAR SUAS FUNÇÕES

Foto/Divulgação/IA

Neste Dia dos Pais, conversamos com quatro empresários que provam ser possível alcançar sucesso no trabalho sem abrir mão de uma paternidade ativa

Nos últimos anos, as expectativas sociais em relação ao papel dos pais têm passado por uma transformação significativa. Se antes a figura paterna era vista majoritariamente como a principal provedora financeira da família, hoje em dia espera-se que os pais sejam tão presentes na vida dos filhos quanto as mães, contribuindo para um lar mais harmonioso e fortalecendo os laços entre todos os membros da família.

No entanto, a chamada “paternidade ativa” não vem sem desafios, especialmente para aqueles que ocupam cargos de liderança. Isso porque frequentemente os executivos enfrentam longas horas de trabalho, viagens a negócios e a pressão constante por resultados.

Reconhecendo a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, muitas empresas começam a adotar políticas mais flexíveis e oferecer benefícios que incentivem a participação dos pais na vida dos filhos.

Diante desta nova realidade, conversamos com alguns líderes de diferentes setores e trajetórias profissionais que têm desafiado expectativas convencionais. Eles são um exemplo da conciliação entre paternidade e carreira de forma bem-sucedida, inspirando outros a buscar um equilíbrio semelhante.

Para Rafael Favaro, sócio e CMO da Intelligenza IT, ser pai sempre foi um sonho e quando isso finalmente aconteceu, ele sabia que a rotina seria muito mais árdua. “Minha vida é bastante intensa, trabalhando praticamente 24 horas por dia. Mas, quando temos alguém que amamos e que depende de nós, é fundamental nos dedicarmos a essa pessoa”, explica.

Para ele, a intensidade da atenção vale muito mais. “Hoje em dia passamos a ter menos tempo disponível para nossos filhos em comparação com as gerações anteriores. A qualidade desse tempo é o que realmente importa. Vivemos em uma era onde as crianças têm acesso a uma infinidade de informações e estímulos. Por isso, quando estamos presentes, devemos estar 100% dedicados, de corpo e alma. Cada momento que passo com minha filha é dedicado exclusivamente”, complementa Favaro.

Rafael Teixeira, CEO da Clínica da Cidade, também concorda que conciliar o papel de executivo e de pai é um desafio constante que exige dedicação e equilíbrio. “Acredito que a mesma paixão e comprometimento que aplico na liderança da Clínica da Cidade são igualmente importantes para ser um pai presente e inspirador. Encontrar tempo para ambos os papeis é fundamental, pois a minha família é a minha maior fonte de motivação e felicidade, e cada momento com eles enriquece a minha vida pessoal e profissional”, comenta.

Marcelo Assunção, CEO da WohPag, compartilha a experiência de viver a paternidade enquanto constrói uma carreira e lembra que muitas dificuldades podem ser até prejudiciais para a saúde do pai. “Momentos de muita alegria são alterados com a autopunição pela ausência forçada, comprometendo muitas vezes a saúde e a relação com outros aspectos da vida”, comenta.

Pai solo aos 27 anos, Assunção relata como enfrentou as longas jornadas de trabalho e viagens, ao mesmo tempo em que lidava com a criação dos filhos. “O apoio da minha família foi essencial. Na época, ouvi uma entrevista de um ex-presidente da Vale do Rio Doce, que mencionou o livro ‘Perdas Necessárias’, e foi um ponto de virada na minha vida. Esse livro me ajudou a entender meus conflitos internos e distinguir o que era puramente medo e ansiedade e o que era real”, relembra.

O trabalho híbrido ou remoto tem trazido desafios para Diego Todres, CRO da BrandMonitor. Mas, por outro lado, este formato também tem facilitado uma paternidade mais ativa e próxima de seu filho. “Sendo pai de primeira viagem com um filho de 1 ano e meio cheio de energia, conciliar trabalho em home office com a paternidade ativa tem sido um grande desafio. Muitas vezes, durante reuniões com clientes, meu filho bate na porta do escritório até que eu o deixe entrar, o que pode ser especialmente complicado em reuniões mais formais. No entanto, percebo que, na maioria das vezes, as pessoas na reunião entendem a situação e até brincam com isso, o que demonstra a empatia de quem também enfrenta desafios semelhantes. Além disso, frequentemente preciso pausar o trabalho para levar meu filho para passear ou distraí-lo para que ele se acalme. No final do dia, só tenho a agradecer por conseguir equilibrar o trabalho e ainda dedicar tempo de qualidade ao meu filho. Acredito que estar presente na vida dos filhos é fundamental e que as empresas devem oferecer apoio aos pais. A possibilidade de trabalho híbrido ou remoto, por exemplo, é algo que faz muita diferença nessa jornada”, comenta.

Fonte: Barbara Monteiro