As ações da Petrobras dispararam na segunda-feira (26), mesmo dia em que o governo Lula lançou a Política Nacional de Transição Energética (Plante), que pode proporcionar ao país R$ 2 trilhões em investimentos verdes. O valor dos papeis ordinários e preferenciais da empresa subiram 8,96% e 7,26%, respectivamente, e a estatal ganhou mais de R$ 41 bilhões em valor de mercado. Como resultado, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia com alta histórica de 0,94%, aos 136.888 pontos.
Nos Estados Unidos, o banco Morgan Stanley estimou que a Petrobras deva render aos acionistas US$ 7 bilhões em dividendos extraordinários até 2025. O Stanley Morgan alterou a recomendação de “neutra” para “compra” dos recibos de ações – conhecidos como ADRs – da Petrobras negociados na Bolsa de Valores de Nova York. Além disso, o banco estadunidense elevou o preço-alvo dos ADRs de US$ 18 para US$ 20.
Contribuíram também para a disparada das ações da Petrobras a firme ascensão nos preços do petróleo, em meio às crescentes tensões no Oriente Médio e no norte da África. Israel e o grupo armado Hezbollah começaram a semana trocando intensas agressões. Na Líbia, os conflitos interromperam a produção. O barril de petróleo tipo Brent é comercializado hoje a US$ 80,16.
O ministro Paulo Pimenta (PT-RS), chefe da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, comemorou o desempenho da Petrobras sob a administração Lula. Por meio da rede social “X”, Pimenta lembrou que Lula é um presidente que traz sorte ao país: “Mais um recorde do Ibovespa e Petrobras disparando! Sorte a do Brasil em ter Lula presidente.”
Tais resultados animadores contradizem o mais recente editorial do jornal Folha de S.Paulo defendendo a entrega da Petrobras à iniciativa privada, sob o argumento de que a petrolífera seria “ineficiente”. Avaliada atualmente em mais de US$ 533 bilhões, a empresa permanece estratégica para o desenvolvimento nacional.
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Ainda na segunda-feira, durante a cerimônia de lançamento da Política Nacional de Transição Emergética (Plante), do Ministério de Minas e Energia (MME), o presidente Lula destacou a relevância da Petrobras para o Brasil e defendeu que a estatal contribua para o fortalecimento da economia nacional, por meio da aquisição de equipamentos e serviços de empresas brasileiras.
“Esse negócio de destruir tudo que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom. Eu não quero Estado máximo, nem Estado mínimo. Eu quero um Estado que cumpra com sua função de Estado e a função de Estado é fazer com que todos possam participar das coisas que esse país consegue produzir”, argumentou o presidente.
“A Petrobras é uma empresa de investimento em pesquisa, em inovação, é para ajudar as empresas brasileiras a crescer. Daí porque a necessidade do conteúdo nacional”, concluiu Lula.
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Fontes: Ascom/PT, com informações de Valor Econômico e Canal Gov