“3 OBÁS DE XANGÔ”, DE SÉRGIO MACHADO, É SELECIONADO PARA A MOSTRA COMPETITIVA DO FESTIVAL DO RIO NA PREMIÈRE BRASIL

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outubro 5, 2024

“3 OBÁS DE XANGÔ”, DE SÉRGIO MACHADO, É SELECIONADO PARA A MOSTRA COMPETITIVA DO FESTIVAL DO RIO NA PREMIÈRE BRASIL

Documentário gira em torno da amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, artistas responsáveis por levar para o mundo um imaginário baianidade que persiste até os dias de hoje

 

“3 Obás de Xangô”, longa-metragem dirigido por Sérgio Machado, foi selecionado para Première Brasil do Festival do Rio. O longa mergulha na amizade e conexão cultural entre três grandes ícones brasileiros – Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé – e oferece um olhar poético sobre a construção de uma identidade baiana que transcende gerações. Produzido por Diogo Dahl, através da Coqueirão Pictures, o filme teve coprodução da Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews, e contou com o patrocínio da Global Participações em Energia. 
Três vezes vencedor de prêmios no Festival do Rio, com os filmes “Cidade Baixa”, “Onde a Terra Acaba” e “Luta do Século”, o diretor do longa, Sérgio Machado, comentou sobre a seleção do filme: 
“É sempre uma emoção especial retornar com um novo filme. Quase todos os meus trabalhos foram lançados no Festival do Rio, e como alguém que morou na cidade por muitos anos, sinto uma conexão profunda com esse lugar e com o público. Ver o filme, que acabou de ficar pronto, estrear no Festival, especialmente na presença de familiares dos três, torna tudo ainda mais significativo. É uma honra imensa estar de volta e compartilhar esse momento tão importante. Eu tenho uma relação muito especial com os três Obás. Jorge Amado, foi uma espécie de padrinho da minha chegada no cinema, a música de Caymmi e os desenhos de Carybé serviram de base para longas como ‘Cidade Baixa’ e ‘Quincas Berro D’água’.” 
O longa revela como esses três artistas, elevados ao título de Obás de Xangô pela lendária Mãe Senhora, do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, documentaram a vida baiana em suas obras. Para eles, o orgulho de carregar esse título era inseparável da missão de documentar a vida cotidiana, as cores e os ritmos das ruas de Salvador. Era dessa vivência que suas obras se alimentavam: os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas de Carybé não só retratavam a cidade, mas ajudavam a definir o que significa ser baiano.  
A estreia no Festival do Rio é um convite para revisitar essa história, que é ao mesmo tempo pessoal e universal, celebrando a herança cultural que resiste e se renova. Diogo Dahl, produtor do longa, comentou sobre a importância do documentário: 
“O filme de Sérgio Machado, é um documentário fundamental para quem quer entender a história da Bahia, a partir do século 20. A Bahia do Candomblé, a Bahia da capoeira, a Bahia de Jorge Amado, de Dorival Caymmi e de Carybé. É um filme que, tenho certeza, será daqueles que ficam para sempre.” Afirmou. 
Com uma narrativa que celebra a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres e a presença constante do mar. “3 Obás de Xangô” não é apenas uma homenagem, mas uma imersão na amizade e no legado de três homens que transformaram o jeito de ver e sentir a Bahia. 
SINOPSE 
3 OBÁS DE XANGÔ gira em torno da amizade incondicional de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje. Os 3 defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres, a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram ‘um modo de estar no mundo’ dos baianos e influenciaram as gerações de artistas que vieram a partir deles.  
FICHA TÉCNICA 
Direção: Sérgio Machado 
Roteiro: Sérgio Machado, Gabriel Meyohas, Joselia Aguiar e André Finotti  
Produtora: Coqueirão Pictures  
Coprodutoras: Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews 
Produção: Diogo Dahl 
Produção executiva: Maria Fernanda Miguel 
Direção de fotografia: Toca Seabra  
Montagem: André Finotti  
Som: Priscila Alves e Dudoo Caribe  
Com a participação de: Jorge Amado, Dorival Caymmi, Carybé, Camafeu de Oxóssi, Mãe Stella de Oxóssi, Gilberto Gil, Muniz Sodré, Gildeci Leite, Balbino Daniel de Paula, Ayrson Heráclito, Tiganá Santana, Maria Lúcia de Santana Neves, Solange Bernabó, Paloma Amado, Lázaro Ramos, João Jorge, Itamar Vieira Jr., Goli Guerreiro, Dori Caymmi, Danilo Caymmi. 
Patrocinador: Global Participações em Energia 
SÉRGIO MACHADO – DIRETOR 
Sérgio Machado nasceu em Salvador e trabalhou durante anos com Walter Salles. Foi assistente de direção de Central do Brasil e roteirista de Abril Despedaçado e de Madame Satã, de Karim Aïnouz . Dirigiu o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o cineasta Mário Peixoto – vencedor em 15 festivais, dentre os quais Biarritz, Havana e Rio.  
Cidade Baixa, seu primeiro longa de ficção, foi lançado no Festival de Cannes e ganhou mais de 30 prêmios, entre eles: o Prêmio da Juventude, em Cannes, e os prêmios principais dos Festivais do Rio, Huelva, Verona, Mons. Dirigiu e roteirizou, em parceria com Aïnouz, a série Alice. Adaptou para as telas Quincas Berro D’Água, uma das mais populares novelas de Jorge Amado. Dirigiu Tudo que Aprendemos Juntos, longa de encerramento do Festival de Locarno. 
Dirigiu A Luta do Século, melhor documentário no Festival do Rio em 2016. Foi diretor e roteirista da série Irmãos Freitas. Dirigiu o documentário Neojiba, Música que Transforma e o premiado longa Rio do Desejo, inspirado num conto de Milton Hatoum. 
Foi roteirista da série Cidade de Deus, A Luta Continua e escreveu e dirigiu a série Maria do Cangaço, ambos com lançamento previsto para 2024, ano em que lançará também a animação A Arca de Noé, inspirada nos poemas de Vinicius de Moraes e o documentário musical, A Bahia me Fez Assim. 
COQUEIRÃO PICTURES – PRODUTORA 
A Coqueirão Pictures é uma produtora do Rio de Janeiro. Entre suas principais produções estão CINEMA NOVO (Melhor Documentário Festival de Cannes 2016), O BRASIL DE DARCY RIBEIRO (Melhor Série Doc Prêmio TAL 2015), a realidade virtual NA PELE (IDFA 2020 e SXSW 2021) e a ficção MUNDO NOVO (Melhor Atriz e Melhor Roteiro Festival do Rio 2021). Em 2024, a Coqueirão lançou o drama A FESTA DE LÉO (Menção Honrosa e Melhor Atriz Festin 2024; Festival do Rio Première Brasil 2023; Mostra SP 2023; Mostra Tiradentes 2024), em coprodução com o Nós do Morro e a Globo Filmes, e a série HOW TO BE A CARIOCA (Star+), dirigida por Carlos Saldanha e estrelando Seu Jorge. Os próximos lançamentos são os documentários OBÁS DE XANGÔ, dirigido por Sergio Machado, em coprodução com a Globo Filmes e Janela do Mundo, sobre a amizade de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé e O MENINO D’OLHO D’ÁGUA, dirigido por Lírio Ferreira e Carolina Sá, sobre o músico Hermeto Pascoal.  
GLOBO FILMES E GLOBONEWS – COPRODUTORAS 
Globo Filmes e GloboNews assinam juntas a coprodução de mais de 100 documentários. São projetos artisticamente contundentes, diversos, atuais e que geram debates essenciais para a sociedade brasileira. Com linguagens e olhares que atravessam tempos e fronteiras, a parceria já alcançou mais de 15 milhões de pessoas em audiência e esteve em mais de 300 festivais no Brasil e no mundo, como Cannes, Hot Docs e IDFA, maior festival de documentários do mundo. E ganhou prêmios em Veneza, na Berlinale e no É Tudo Verdade (ÉTV), maior festival de docs do Brasil, que habilita o filme para o Oscar.  
   
Alguns destaques: “Sinfonia de um homem comum”, de José Joffily (único brasileiro na mostra Frontlight do IDFA 2022, exibido no Hot Docs e Menção Honrosa do ÉTV 2022); “Marinheiro das Montanhas”, Karim Aïnouz (aplaudido de pé por 15 minutos no Festival de Cannes 2021); “Espero tua (Re)volta”, de Eliza Capai (vencedor de dois prêmios no Festival de Berlim 2019); “Menino 23”, de Belisário Franca (pré-lista do Oscar 2017); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (Melhor Documentário sobre cinema da Venice Classics no Festival de Veneza 2019); “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor ÉTV 2020); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do ÉTV 2019). 
JANELA DO MUNDO – COPRODUTORA 
A Janela do Mundo desenvolve conteúdos artísticos e culturais de impacto com abordagem e distribuição em diversos mercados. Criada em 2007, a empresa acumula experiências em diferentes linguagens. Para o audiovisual, produziu o documentário “Neojiba – Música que Transforma” (Sergio Machado e George Walker Torres), em exibição no NETFLIX e vencedor de prêmios no Panorama Internacional de Cinema e no Festival IN-EDIT Brasil, além de participar do Toronto Black Film Festival e do Inffinito Film Festival. Em 2022 lançou o curta “Manifestação: Carnaval do Invisível”, uma parceria com o BaianaSystem para a Amazon Music, e em 2023, a websérie “Afros e Afoxés: A revolução do Tambor”. Em 2024, além do documentário “3 Obás de Xangô” (Sergio Machado), uma coprodução com a Coqueirão Pictures e Globo Filmes, a produtora se prepara para lançar os longas “A Bahia Me Fez Assim” (Sergio Machado), em coprodução com o Canal Curta!; “As travessias de Letieres Leite” (Day Sena e Iris de Oliveira); e “Formiga” (Taís Amordivino), uma coprodução com a HBO. 
Fonte: Bia Hecht e Anna Luiza Muller