Sede histórica da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Palácio Tiradentes foi palco, na noite desta quarta-feira (31/07), da apresentação de encerramento da 19ª edição do RioHarpFestival. O evento, que aconteceu no Plenário do prédio histórico, homenageou o continente africano com um show do Grande Coro “Vozes da África”, apresentando repertório completo de músicas em zulu e inglês.
Considerado o principal festival de harpas do mundo e único no Brasil, o RioHarpFestival faz parte do Música no Museu, maior série de música clássica do País. A programação da noite incluiu temas de filmes da África acompanhados por atabaques, piano e percussão africana. O espetáculo de encerramento também contou com a participação especial de Fabio Simões (¨Mukanya¨), com as harpas africanas Kora e Kamale N´Goni (do oeste africano de 12 cordas), além de percussão da mesma região.
O espetáculo final do festival na sede histórica do Parlamento fluminense, segundo a diretora de Cultura da Alerj, Fernanda Figueiredo, é de extrema relevância para o movimento cultural do Rio de Janeiro. “Para a gente é uma honra sediar um evento internacional e ter o seu encerramento no Palácio Tiradentes, que agora também é um polo de cultura e reativou o Centro Histórico da cidade. Nesse mês de julho, a gente recebeu três mil visitantes, batendo todos os recordes. Com eventos como esse, a Alerj se torna referência cultural para todo o Estado do Rio”, afirmou.
Sob a direção geral do maestro Luiz Lima e direção musical do maestro Leandro Campanatte, o Grande Coro “Vozes da África” foi formado no início deste ano pelos corais do Clube de Regatas do Flamengo e do Grupo Vocal Clave de Sol, com o objetivo de homenagear a cultura africana. A direção de produção é de Meg Menezes e o figurino de Marina Menezes.
Com a marca de mais de 10 mil espectadores, o criador e diretor do RioHarpFestival, Sergio da Costa e Silva, explicou que o Palácio Tiradentes tem sido um grande parceiro na execução desta etapa do projeto que durou todo o mês de julho. “Esse prédio é símbolo da política brasileira. Então, nosso objetivo foi juntar a tradição do Festival de Arpas com a história do Palácio. A arpa é um instrumento histórico de cinco mil anos, um dos mais antigos do mundo e que a gente teve a oportunidade, a partir deste evento, de trazer para frente dos palcos e mostrar seus vários modelos e sons”, explicou
O RioHarpFestival integra artistas consagrados do mundo inteiro com jovens artistas brasileiros. O evento garante ao público a oportunidade de assistir a espetáculos que reúnem vários estilos musicais, desde a música antiga e europeia, até o heavy metal. Passando por outros ritmos como o samba, bossa nova, chorinho, músicas portuguesas e latino-americanas.