O coordenador do Programa de Computação Científica da Fundação (Procc/Fiocruz), Daniel Villela, também compartilhou sua visão quanto ao cenário atual
Conforme a alegação de Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, vivemos em uma sociedade que acredita ser muito fácil responder rapidamente a ameaças de saúde, contudo, isso não passa unicamente de um engano, pois, para conseguirmos combater rapidamente qualquer ameaça a saúde pública, é preciso investimento constante na ciência, tecnologia e inovação. Nísia destacou de igual forma que este investimento deve estar associado à saúde pública e proteção social, e alegou ser necessário decentralizar os centros produtores de vacinas e juntar-se aos demais países.
Evidentemente, a pandemia de COVID-19 deve servir de exemplo para a sociedade, mesmo que tenhamos atualmente alcançado uma redução significativa do número de mortos e casos ao compararmos com os dados anteriores.
Para o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Ensp/Fiocruz), Carlos Machado, é preciso analisar as marcas deixadas na população brasileira, que, embora tenha representado menos de 3% da população mundial, somou mais de 10% das vítimas da pandemia em todo o mundo.
“No momento atual, em diversos países e no Brasil, vivemos um cenário bastante positivo. No Brasil, a existência do SUS [Sistema Único de Saúde] permitiu não só diminuir o impacto da pandemia na população como também avançar na vacinação”, comentou. Além disso, em sua visão, o SUS irá requerer muito mais investimentos para conseguir vencer os rastros deixados pelo vírus.
O coordenador do Programa de Computação Científica da Fundação (Procc/Fiocruz), Daniel Villela, também compartilhou sua visão quanto ao cenário atual. Segundo ele, é inválido esperar que uma ausência de circulação do SARS-CoV-2 aconteça, pois, à transmissão de suas variantes e consideráveis chances de sofrerem mutações, no entanto, Villela crê que um regime endêmico ocorrerá, onde a doença agirá previsivelmente. Fonte: Portal/EscolaEducação