Grandes eventos, democratização do acesso aos recursos e lançamento da biblioteca digital marcaram o ano da Cultura no Estado
Democratização dos recursos, investimentos, inovação e lançamento de novos programas e projetos marcaram o ano da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj). As ações chegaram a todas as regiões do território fluminense, com um investimento de mais de R$170 milhões. Grandes eventos fizeram parte do calendário, como o Carnaval 2022, Festival de Vassouras, Festival de Jazz & Blues de Rio das Ostras, Rio2C e Festival de Inverno, na capital, e Festa do Tomate, em Paty do Alferes.
– Foi um ano de retomada, fomento, parcerias e muito investimento. Lançamos cinco editais, alguns inéditos na cultura, que movimentaram as nossas festas juninas e estão garantindo a folia em 2023. Com a nossa Lei de Incentivo, investimos em projetos incríveis que passaram por todo o Estado, como o Abracadabra, Energia para Ler, Liga do Natal e muitos outros. Foi um ano de muito esforço e muita entrega – ressalta a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
Com a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o Estado patrocinou 94 projetos e investiu cerca 135 milhões no setor cultural fluminense. O aporte ajudou no reaquecimento do turismo, na geração de empregos e no fomento da economia criativa. Apenas levando em consideração o Carnaval, o Rio de Janeiro conseguiu recuperar 60% dos turistas estrangeiros que costumavam visitar o estado antes da pandemia.
A política de editais promovida pela atual gestão também permaneceu aquecida em 2022. Foram cinco chamadas públicas, mais de R$19 milhões de investimento e 453 projetos que já estão em execução até o próximo ano. O primeiro edital a ser lançado foi o Arraiá Cultural RJ, em maio, voltado para uma parcela da população muito afetada nos últimos dois anos: os produtores culturais de festas e quadrilhas juninas. Já em novembro, entrou no ar o pacote Folia RJ 2023, criado para auxiliar no fomento ao carnaval do próximo ano, com os editais: Folias de Reis RJ, Turmas de Bate-Bolas RJ, Bloco nas Ruas RJ e Não Deixa o Samba Morrer RJ 2.
A inovação também marcou o ano da Sececrj, com o lançamento da primeira biblioteca digital do estado do Rio de Janeiro. A Biblioteca Parque Digital permite que a população fluminense acesse, através da tela de um celular, tablet ou computador, mais de mil livros gratuitamente. A plataforma pioneira funciona como uma espécie de catálogo virtual, nos moldes das grandes redes de “streaming”, e tem também um setor exclusivo para audiobooks.
Mas para quem prefere seguir o modelo tradicional na hora de ler um livro, a Sececrj também investiu na infraestrutura de 44 bibliotecas públicas, comunitárias, salas e pontos de leitura em todo o estado. Em parceria com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o projeto Leitura para Todos garantiu a doação de livros, TVs, computadores, microfones, caixas de som e 500 novos livros para todos os equipamentos contemplados.
Outros projetos fizeram parte da jornada deste ano e ultrapassaram os limites do Rio de Janeiro. Com apoio do Governo, as meninas da Orquestra Sinfônica Chiquinha Gonzaga alçaram voo e viajaram até a Europa, para um intercâmbio em Portugal e Espanha. O grupo realizou uma pequena turnê pelos países ibéricos, em outubro, e levou a cultura fluminense para terras estrangeiras, como parte das comemorações pelo Bicentenário da Independência do Brasil.
Já no fim do ano, em novembro, a Sececrj lançou a Medalha de Mérito Cultural Alcione, no dia do aniversário de 75 anos da “Marrom”, na quadra da Estação Primeira de Mangueira. A primeira edição premiou personalidades do samba em dez categorias, como Diogo Nogueira e Marina Íris, tudo acompanhado de muita música.
– Entregamos muitos projetos novos neste ano e demos continuidade a outros, mas não acaba por aqui. Em 2023 teremos muito mais trabalho para garantir uma política cultural cada vez mais democrática e inclusiva – comemora Danielle Barros.
Cinema no interior
O audiovisual foi fortalecido através de dois importantes projetos: a continuidade do “Cinema da Cidade” e a criação do programa “Cine+”. Juntos, eles vão entregar 13 complexos de cinema em cidades do interior que não possuem este tipo de opção cultural: Guapimirim, Itaocara, Casimiro de Abreu, Areal, Paraty, São Pedro da Aldeia, Cordeiro, Bom Jardim, Mendes, Queimados, Tanguá, São Fidélis e Miracema. O último será o primeiro “Cinema da Cidade” a ser entregue em âmbito nacional, em janeiro de 2023.
Democratização da cultura
Nos últimos 12 meses, mais de 80 mil pessoas foram atendidas através dos diversos projetos realizados e incentivados pelo programa Escola da Cultura. Muitos parceiros fizeram parte dessa jornada e auxiliaram na execução das ações, como empresas, equipamentos públicos e instituições. O foco na democratização e qualificação dos fazedores de cultura seguiu como prioridade durante este ano.
A principal plataforma de democratização da Escola da Cultura é o Passaporte Cultural. Com o intuito de ampliar o acesso à cultura da população de baixa renda, além de incentivar a formação de plateia, o projeto atendeu cerca de 60 mil pessoas em 2022 e 85 instituições de 49 diferentes cidades. As ações contaram com apoio de 28 equipamentos parceiros, como Theatro Municipal, AquaRio, Museu do Amanhã e Parque Lage.