Talento, habilidade e domínio de recebimento e drible da bola marcaram neste domingo (16) a 1ª Copa de Futebol Society de Surdos, promovida pela Secretaria de Esportes na quadra da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na Praia Campista. Equipados com chuteiras, meiões, calções, camisetas e todo o aparato característico da modalidade, os atletas mostraram preparo físico e trabalho em grupo em uma das maiores modalidades de futebol no Brasil.
Wellington Tavares, 26 anos, capitão do time de Macaé e participante do Bolsa Atleta, informou, por meio da Língua Brasileira de Sinais, que treina para estar sempre em alto nível.
“Campeonatos são importantes para estarmos continuamente motivados”, externou, com a língua de modalidade gestual visual.
Cinco times do Estado do Rio de Janeiro disputaram a 1ª Copa de Futebol Society de Surdos na cidade: Macaé, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Campo Grande e Campos dos Goytacazes.
“Organizamos o Futebol Society de Surdos com a entrega de medalhas e troféus e nosso objetivo é sempre ampliar a inclusão para todos”, destacou o secretário de Esportes, Marvel.
As partidas tiveram início às 9 horas e reuniram 90 atletas, incluindo a comissão técnica.
“Os atletas estão abrilhantando o futebol society, mostrando que o esporte proporciona qualidade de vida e interação social dentro de uma visão ampla e global. Nosso objetivo é proporcionar o livre e democrático acesso a todos”, comentou o prefeito Welberth Rezende.
O time do Centro de Surdos de Macaé (Cesma) – associação ligada à Federação de Surdos do Rio de Janeiro – representou Macaé na Copa. O presidente do Cesma, Luciano Pires da Costa, ressaltou que o campeonato dá suporte para a pessoa com deficiência auditiva crescer na comunidade.
“O futebol society é pura animação, socialização e a copa é um incentivo para os atletas continuarem treinando e se dedicando”, pontuou.
Socialização promove inclusão e mostra talentos
De acordo com o coordenador de Inclusão Social da Secretaria de Esportes, André Conceição de Carvalho, todo o suporte da prefeitura com a organização, inclusive com ambulância, visou difundir o esporte para pessoas com deficiência.
“Estamos mostrando nosso talento com os atletas surdos, denotando toda a importância do esporte para a socialização e toda a parte física como coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e agilidade”, disse.
A total inclusão social das pessoas com deficiência foi acentuada pelo subsecretário de Esporte, Rodrigo Caldeira.
“O time de futebol society de surdos de Macaé é muito talentoso e a implementação da inclusão social das pessoas com deficiência ajuda a impulsionar os ambientes sociais para estar ao lado dessas pessoas”, frisou.
Os times do futebol society devem ter apenas sete jogadores, enquanto no tradicional as equipes têm onze. A regra também é diferente na duração da partida: o total do futebol tradicional é de 90 minutos, mas no society é de somente 50 minutos, divididos em tempos de 25 minutos. A arbitragem é reduzida no Futebol Society: ela deve ser composta somente por dois árbitros, enquanto no tradicional há o árbitro oficial mais três assistentes.