Segundo dados da NordVPN, empresa de cibersegurança, cerca de 70% da população já foram alvo de algum tipo de golpe financeiro
Há algum tempo criminosos têm aproveitado o crescimento no uso de soluções digitais pela população para tentar aplicar golpes por meio do uso de técnicas de engenharia social. E com a abertura do projeto Desenrola Brasil, que têm o objetivo de diminuir a inadimplência dos brasileiros com a quitação de dívidas negativadas em valores mais acessíveis, os golpistas têm se aproveitado da situação para aplicar golpes, usando sites falsos com símbolos do governo, do Desenrola e anúncios nas redes sociais para atrair pessoas interessadas em “limpar o nome”, com ofertas que chegam a dar descontos de até 99%.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a vítima acredita que está quitando a dívida com a instituição financeira, mas, na verdade está pagando ao criminoso, em que as pessoas correm o risco de ter os dados pessoais, como nome, CPF, endereço e número da conta bancária, usados para a aplicação de outros golpes. Para se ter uma dimensão, segundo pesquisa feita pela empresa de cibersegurança NordVPN, sete a cada dez brasileiros já foram alvo de pelo menos um golpe financeiro aplicado via internet, sendo que 37% relataram ameaças concretas.
Para o Coordenador do Curso de Direito da Anhanguera, Rodrigo Teixeira Coffler, as vítimas mais propícias aos golpes são pessoas que grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com baixa alfabetização, acometidas por algum tipo de enfermidade etc. Entretanto, para ele toda a população corre o risco, em função, dos crimes financeiros estarem a cada dia mais sofisticados. “Existem alguns grupos que são mais vulneráveis, mas todas as pessoas estão sujeitas a serem vítimas de golpes. Os criminosos estão utilizando ferramentas a cada dia mais sofisticadas o que faz com que toda população seja uma possível vítima”, explica.
O especialista ressalta a importância da prevenção de segurança de dados, visto que, com a concretização de um possível golpe fica mais difícil e burocrático conseguir reverter a situação. Para o coordenador da Anhanguera, alguns cuidados simples podem diminuir de forma relevante a chance de um golpe financeiro, como, por exemplo, nunca fornecer informações pessoais, selfies e clicar em links, via telefone ou pelo WhatsApp.
“Além disso, é essencial verificar a veracidade das informações antes de efetuar pagamentos a qualquer pessoa que solicite um empréstimo. Isso pode ser feito por meio de uma ligação telefônica ou até mesmo uma chamada de vídeo. É importante também estar sempre alerta para mensagens de pessoas que afirmam ter trocado de número e, logo em seguida, solicitam empréstimos financeiros. É crucial manter um senso de desconfiança nessas situações e tomar precauções adequadas antes de realizar qualquer transação financeira. Essas medidas adicionais ajudam a garantir a segurança e a evitar possíveis golpes.”, explica.
Confira seis principais golpes listados pelo professor Rodrigo Teixeira Coffler:
Falsas centrais de atendimento
O golpista entra em contato com a vítima, geralmente por WhatsApp e ligação, e conduz a conversa de forma a persuadi-la a realizar algum PIX em troca de um suposto benefício maior. Por exemplo: a realização de um PIX para a quitação de uma dívida de valor muito maior ou a realização de PIX para a liberação de supostos valores aos quais a vítima teria direito e etc.
WhatsApp falso
Nesse caso, os golpistas criam perfis falsos de alguma pessoa no WhatsApp e passam a entrar em contato com amigos e familiares informando o suposto “novo número” e logo em seguida realizam pedido de quantia financeira sob a alegação de que o “app do banco está bloqueado” ou “ultrapassou o limite de PIX diário”, entre outras alegações falsas.
Clonagem de WhatsApp
Nesta hipótese os criminosos conseguem literalmente clonar o WhatsApp da pessoa e começam a pedir quantias financeiras a amigos e familiares da pessoa cujo WhatsApp foi roubado.
Preço baixo em compras online
Golpistas criam sites falsos de empresas famosas de marketplace famosos, muito semelhantes aos sites verdadeiros e anunciam supostos produtos por preços muito abaixo dos praticados pelo mercado. Diversas pessoas acabam se entusiasmando e realizando o pagamento sem maiores cuidados. Como são sites falsos, os produtos nunca chegam e só após um bom tempo a vítima percebe que foi vítima de golpe. Neste tipo de golpe é comum criar na vítima uma sensação de escassez do suposto produto.
Golpe do PIX
Golpe bastante sofisticado e que requer muito cuidado. Aqui os criminosos enviam para a vítima um comprovante falso dizendo que realizaram um PIX por engano para sua conta, e pedem que o valor seja restituído. A vítima, munida de boa-fé, realiza um PIX do suposto valor recebido para a conta indicada pelo golpista.
Sobre a Anhanguera: Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores. Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País. Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros. Acesse o site e o blog para mais informações.
Fonte: Nágila Pires – Ascom/Atendimento PR