Perda de memória, dificuldade em realizar tarefas diárias, desorientação, repetir conversas, mudanças bruscas de humor e colocar objetos em lugares errados são alguns dos sinais de alerta que podem indicar Alzheimer.
A doença que, segundo o Ministério da Saúde, atinge 1,2 milhão de pessoas no Brasil e registra 100 mil novos casos a cada ano, é neurodegenerativa, progressiva e ainda não tem cura.
“A idade, histórico de casos na família e pouco estímulo às atividades cerebrais estão entre os principais fatores de risco. Os sintomas geralmente surgem a partir dos 65 anos, o que faz com que a doença seja mais comum em idosos e mais frequente em mulheres, provocando alterações no comportamento do paciente”, explica o neurologista João Carlos Lobato Moraes, que atua na Clínica Censo, em Parauapebas (PA).
Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os casos poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 em todo o mundo.
Diante deste cenário e em alusão ao Fevereiro Roxo, mês de conscientização e prevenção do Alzheimer, o médico recomenda à população a adoção de bons hábitos para ajudar a inibir a manifestação da doença.
“Manter a mente ativa com leituras e estudos, praticar atividades em grupo, jogos inteligentes, não fumar, não consumir bebida alcoólica, ter alimentação saudável e praticar atividades físicas são formas de prevenir não apenas o Alzheimer, mas doenças como diabetes e hipertensão e ajudam a manter a qualidade de vida por mais tempo”, aconselha o neurologista.
Os sintomas do Alzheimer podem ser divididos em três estágios:
1. Inicial: com falhas de memória frequentes e alterações na personalidade;
2. Moderado: dificuldade para realizar atividades simples, coordenar movimentos, ficar agitado e ter insônia;
3. Avançado: resistência para executar tarefas, incontinência urinária e fecal e dificuldade para comer.
Entre as opções de tratamento estão: reabilitação cognitiva, terapia ocupacional e controle da pressão alta, colesterol e diabetes.
Para uma avaliação e diagnóstico correto, é importante consultar um neurologista ou psiquiatra, para iniciar o tratamento adequado, evitando a evolução da doença.
Sete sinais de alerta
– Perda de memória recente;
– Dificuldade de realizar tarefas do cotidiano;
– Trocar objetos de lugares;
– Perguntas repetidas várias vezes;
– Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
– Dificuldade para encontrar palavras que expressem ideias ou sentimentos;
– Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.