Como forma de agradecer a Yemanjá pelo ano que passou, o setor de Cultura de Matrizes Africanas do Conselho Municipal de Cultura, com o apoio da Fundação Rio das Ostras de Cultura, irá promover no próximo domingo, dia 12, na Orla do Centro, próximo a Concha Acústica, na Praça São Pedro, a entrega do Balaio de Yemanjá, com uma programação bem variada. O evento homenageia o orixá africano, divindade da fertilidade, da maternidade e das águas dos rios e protetora das crianças e idosos.
A concentração do evento está prevista para as 8h. Em seguida será realizado o xirê, que significa roda ou dança, em tom alegre, para a evocação dos orixás, conforme cada nação. A oferenda será entregue às 10h, em um Balaio biodegradável. Logo após serão feitos pronunciamentos de agradecimentos por parte dos organizadores.
Na parte da tarde, a partir das 13h, acontece a abertura do balaio Cultural com a cantora Cida Garcia, seguido de contos e cantos para as yabás, cujo significado é “Mãe Rainha”, e é também o nome utilizado para se referir às orixás femininas, que também podem ser chamadas de Aiabás, Lyagbas, Iabá, Lyabá ou Aiabá.
Na Casa de Cultura estarão expostos, durante o evento, artesanatos de Matrizes Africanas. O encerramento está previsto para 18h.
CULTURA – Iemanjá é um orixá feminino de grande poder e importância ao ter o seu nome diretamente ligado à origem de várias divindades que compõem o universo religioso afro-brasileiro. Considerada a rainha das águas e da vida, ela também é a protetora das mulheres e mãe de todos os orixás. Sua dança imita os movimentos das ondas do mar, movendo as mãos como se estivesse lavando o mundo. Ela passou a representar as águas e Aganju foi a divindade responsável pelo controle das terras. Nas religiões Candomblé e Umbanda, seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significam “Mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás.
Iemanjá, na verdade, é uma divindade do rio que deságua no mar. Ela é filha de Olokun, o orixá rei dos oceanos. O rio que representa Iemanjá e sua história é o Rio Ogun, localizado no estado de Oxum, na Nigéria.