MPOX E CRIANÇAS: DEVEMOS NOS PREOCUPAR?

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MPOX E CRIANÇAS: DEVEMOS NOS PREOCUPAR?

Foto/Divulgação

De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início do ano, o Brasil já registrou mais de 830 casos confirmados ou prováveis de mpox, sendo que 61 deles precisaram de internamento. A doença foi declarada como emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por conta da rápida circulação de uma nova variante, a cepa 1b, no continente africano e que tem diferentes meios de transmissão. 

Os grupos de risco para as formas graves da enfermidade são crianças menores de 8 anos, gestantes e imunodeprimidos. Por isso, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, esclarece as principais dúvidas sobre a doença.
 

O que é a mpox e como acontece a transmissão?

A mpox, anteriormente chamada de monkeypox ou varíola dos macacos, é uma doença de etiologia viral em que a transmissão acontece principalmente pelo contato próximo prolongado ou íntimo com a pessoa que está infectada ou com as lesões que surgem na pele em um período de até 21 dias. “Se compararmos com outros vírus pandêmicos como a COVID-19, por exemplo, a transmissibilidade da mpox é menor”, enfatiza o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza, do Pequeno Príncipe.
 

Quais são os principais sintomas?

Após o contato com o vírus, os primeiros sintomas da doença se manifestam entre três e 16 dias. Os mais comuns são lesões na pele – todas com a mesma característica e local –, febre, ínguas, dores no corpo e de cabeça, fraqueza e até mesmo desidratação.
 

“A mpox pode ser grave se o paciente estiver com mais de cem lesões na pele associadas à confusão mental, sepse e insuficiência respiratória, o que pode causar comprometimento pulmonar, renal, no sistema nervoso central e até levar a óbito”, explica o infectologista.
 

Como é o diagnóstico e tratamento?

Em caso de suspeita, é fundamental buscar atendimento médico, pois o diagnóstico da doença é principalmente clínico, e o tratamento é feito com medicações para os sintomas que o paciente apresenta. “Além do tratamento sintomático, também se faz necessário o isolamento social para evitar a transmissão”, frisa Victor Horácio. O especialista reforça que a melhor maneira de se prevenir é não ter contato com qualquer pessoa que esteja com suspeita de mpox e sempre higienizar as mãos corretamente.
 

Existe vacina disponível contra a doença?

Sim! Atualmente existem duas vacinas contra o vírus e que são produzidas por dois laboratórios diferentes. Elas não estão disponíveis para comercialização, apenas para uso na rede pública e conforme indicação. “A vacinação em massa contra a mpox não é necessária nem recomendada, porque no momento a doença está sob controle e em observação. A indicação de aplicação dela é apenas para quem teve contato com algum caso confirmado da doença”, realça a médica e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
 

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. E, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.

Fonte: Comunicação HPP