O BRASIL É PREMIADO NO FESTIVAL DE VENEZA: “AINDA ESTOU AQUI”, FILME DIRIGIDO POR WALTER SALLES, VENCE O PRÊMIO DE MELHOR ROTEIRO

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O BRASIL É PREMIADO NO FESTIVAL DE VENEZA: “AINDA ESTOU AQUI”, FILME DIRIGIDO POR WALTER SALLES, VENCE O PRÊMIO DE MELHOR ROTEIRO

Murilo Hauser e Heitor Lorega. Foto/Divulgação

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello o longa foi aplaudido por 10 minutos na sua estreia mundial 

Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de seus pais, Eunice e Rubens Paiva, o novo filme dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, acaba de ganhar seu primeiro prêmio: melhor roteiro na competição oficial do 81º Festival de Veneza, o Golden Osella, entregue na cerimônia de encerramento hoje, no Palazzo del Cinema, para Murilo Hauser e Heitor Lorega. Desde “Eles não usam Black-tie”, de Leon Hirszman, em 1981, que o Brasil não ganha um prêmio na seleção oficial no festival italiano, um dos mais respeitados e prestigiosos eventos de cinema do mundo. Produzido pela Videofilmes, RT Features e Mact Productions é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração. Com distribuição nos cinemas brasileiros pela Sony Pictures, o filme estreia em breve exclusivamente nos cinemas. 
“Estamos extremamente felizes com o lançamento do filme depois de tantos anos de trabalho em constante troca com colaboradores tão incríveis como a Fernanda [Torres], a Daniela [Thomas, produtora associada] e o próprio Marcelo [Rubens Paiva]. Nos lembrou da primeira reunião de pré-produção em que Walter [Salles] abriu com uma fala tocante sobre um filme ser sempre um processo coletivo. E isso ecoou muito conosco pois, afinal, esse prêmio é do filme, de todo o elenco e equipe, e do cinema brasileiro. Dessa família que se juntou para contar essa história e que tornou ainda mais palpável a qualidade profundamente humana e existencial desse projeto. Estamos muito animados para estrear em casa e torcendo para que esse filme dê continuidade aos muitos diálogos e lutas que Eunice Paiva travou por direitos humanos ao longo de toda a sua vida”, comentam os roteiristas. 

Walter Salles, Fernanda Torres, Alberto Babera e Selton Mello. Foto/Divulgação: Fiorenzo De Luca

O diretor Walter Salles comenta a premiação: 
“Estamos muito felizes que Ainda Estou Aqui tenha sido premiado e reconhecido em Veneza. Eram 21 filmes em competição, dos quais apenas sete se reencontraram hoje. É uma honra estar nesse lugar. O Prêmio de Roteiro abraça todo um filme, porque um roteiro é a sua argamassa. Nele, o Festival reconhece o trabalho destes roteiristas tão talentosos que são Murilo Hauser e Heitor Lorega, o livro incrível de Marcelo Rubens Paiva, a história de Eunice, Rubens e de seus filhos, e o nosso desejo de contá-la no cinema. É, portanto, um prêmio de uma grande importância simbólica. Esse prêmio também é de cada ator que deu vida aos personagens do excepcional roteiro de Murilo e Heitor – a começar pela extraordinária Fernanda Torres.  Foi um trabalho coletivo inesquecível para todos nós que participamos dele”, comemora.  
O cineasta também comenta o processo de realização do roteiro até que ele chegasse no formato que levou o filme para a telona: 
“Esse Prêmio justifica os sete anos de trabalho para chegar no roteiro que filmamos.  Nesse processo longo, foram feitas mais de 15 versões desse roteiro agora premiado.  Murilo e Heitor foram incansáveis nessa busca, e nos inspiraram constantemente.  Nesse processo, outras pessoas precisam ser lembradas:  cada escritora e escritor, cada diretora e diretor que participaram do Núcleo de Roteiros em que esse projeto foi desenvolvido, e nos instigaram muitas vezes a avançar.  Daniela Thomas, que trabalhou tão próxima de Murilo e Heitor durante a filmagem, e trouxe luz a esse trabalho. E Marcelo Rubens Paiva, que leu cada versão do roteiro e nos deu sempre observações preciosas. 
Finalmente, gostaria de celebrar o fato de jovens autores como Murilo e Heitor estarem sendo premiados no mesmo Festival de Veneza em que uma jovem realizadora brasileira, Mariana Brennand, recebeu o prêmio de Melhor Direção na seção Orrizonti por ‘Manas’.  São três jovens artistas brasileiros sendo premiados no mesmo Festival, que se somam à premiação do excelente ‘Baby’, filme de estreia de Marcelo Caetano, no qual Ricardo Teodoro foi considerado melhor ator revelação da Semana da Crítica do Festival de Cannes. A cinematografia brasileira dá mostras de uma nova vitalidade, uma reação que merece ser festejada depois de quatro anos de silêncio forçado”, vibra Salles. 
“Ainda estou aqui” foi eleito o melhor filme pela revista inglesa Screen Internacional, composta por críticos de cinema de todo o mundo. O ranking faz uma média com as notas dos jornalistas especializados de diversos veículos, como El País, The Observer, The Hollywood Reporter e jornal Expresso, em Portugal.  
O filme também recebeu hoje o Prêmio SIGNS 2024, concedido pelo júri da associação internacional ecumênica de comunicação concedido ao cinema humanista, que declarou: “um cinema social que fala da ruptura e da resiliência de uma mulher e de uma família, que se tornam o símbolo de um país inteiro exposto à violência repressiva de um sistema militar autoritário. Eunice Pavia nunca cedeu diante da intimidação e dos obstáculos da burocracia. Ela sempre lutou com determinação no campo da legalidade para afirmar a verdade e a justiça para seu marido Rubens Pavia e todas as outras vítimas de diversas formas de opressão. Sustentado por um ímpeto vibrante e controlado, o filme de Walter Salles passa do grito inicial de denúncia a um canto de esperança para a preservação da democracia e da cultura da paz. ‘Ainda Estou Aqui’ torna-se o guardião da memória de uma página dramática da História do Brasil, que ainda não foi realmente estudada nem reparada, e, ao mesmo tempo, uma mensagem forte para o nosso presente, em defesa da democracia em perigo”. 
O longa segue em exibição em festivais internacionais, e foi convidado para participar do 68th BFI London Film Festival, que será realizado de 9 a 20 de outubro, em Londres. Na próxima segunda-feira, dia 9 de setembro, faz sua estreia norte-americana no 49º Festival de Toronto (TIFF), no Canadá, com a participação de Fernanda Torres, Selton Mello e Walter Salles. O filme também será exibido na sessão Spotlight do 62º Festival de Nova York, realizado no Lincoln Center, e, ainda em setembro, participa da 72ª edição do Festival de San Sebastián, na Espanha, que ocorre entre os dias 20 e 28, na Mostra Perlak, fora de competição.  
“Veneza foi a primeira parada de uma longa jornada do filme, que continua amanhã em Toronto, onde teremos a estreia na América do Norte, e depois nos Festivais de San Sebastian, Biarritz, Nova York, Londres, Tóquio, Zurich, Marrakesh etc”, antecipa o diretor. 
SINOPSE 
Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país. 
ELENCO 
A FAMÍLIA 
Eunice Paiva 
Fernanda Torres 
  
Fernanda Montenegro 
Rubens Paiva 
Selton Mello 
Veroca 
Valentina Herszage 
  
Maria Manoella  
Nalu 
Barbara Luz 
  
Gabriela Carneiro da Cunha 
Eliana 
Luiza Kosovski 
  
Marjorie Estiano 
Marcelo 
Guilherme Silveira 
  
Antonio Saboia 
Babiu 
Cora Mora 
  
Olivia Torres 
Maria José 
Pri Helena 
OS AMIGOS 
Felix 
Humberto Carrão 
Fernando Gasparian 
Charles Fricks 
Dalva Gasparian 
Maeve Jinkings 
Helena Gasparian 
Luana Nastas 
Laura Gasparian 
Isadora Ruppert 
Baby Bocayuva 
Dan Stulbach  
Dalal Achcar 
Camila Márdila 
Raul Ryff 
Daniel Dantas 
Beatriz Ryff 
Helena Albergaria  
Lino Machado 
Thelmo Fernandes 
Martha 
Carla Ribas 
Pimpão 
Caio Horowicz 
Cristina 
Maitê Padilha 
Reinaldo 
Felipe Barreto 
FICHA TÉCNICA 
Diretor: Walter Salles 
Roteiro: Murilo Hauser e Heitor Lorega 
Direção de Fotografia: Adrian Teijido 
Montagem: Affonso Gonçalves, ACE 
Direção de Arte: Carlos Conti 
Figurino: Cláudia Kopke 
Música: Warren Ellis 
Som Direto: Laura Zimmerman 
Mixagem de Som: Stéphane Thiébaut 
Caracterização: Luigi Rocchetti 
Maquiagem: Marisa Amenta 
Efeitos Especiais: Claudio Peralta 
Preparação de Elenco: Amanda Gabriel 
Casting: Letícia Naveira 
Produtora Delegada: Lili Nogueira 
Produtora Associada: Daniela Thomas 
Produtores Executivos: Guilherme Terra, Thierry de Clermont-Tonnerre, Lourenço 
Sant’anna, Renata Brandão, Juliana Capelini, David Taghioff, Masha Magonova 
Produtores: Maria Carlota Bruno, Rodrigo Teixeira, Martine de Clermont-Tonnerre 
Produtoras: VideoFilmes, RT Features e MACT Films 
Coprodutoras: ARTE France Cinéma, Conspiração, Globoplay 
Baseado no livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva 
Apoio: Projeto Paradiso 
Distribuição: Sony Pictures 
WALTER SALLES | Diretor 
Walter Salles é um cineasta brasileiro. Seus primeiros documentários “Krajcberg, o Poeta dos Vestígios” (1986) e “Socorro Nobre” (1995), ganharam prêmios em vários festivais, incluindo o Fipa d’Or de melhor documentário (França) e o prêmio do público no Festival dei Popoli. “Terra Estrangeira” (1995), codirigido por Daniela Thomas, foi selecionado para o Festival de San Sebastián e vencedor do prêmio de público no Rencontres de Cinéma de Paris. “Central do Brasil” (1998) recebeu mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Urso de Ouro de melhor filme e o Urso de Prata de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim, além do Bafta da Academia Britânica e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. “Diários de Motocicleta” (2004) foi ganhador de mais de 20 prêmios internacionais, entre eles o Bafta de melhor filme estrangeiro e melhor trilha sonora, prêmio da Associação de Críticos de Londres, prêmio do público no Festival de San Sebastián e o Oscar® de melhor música original.    
Em 2008, “Linha de Passe”, codirigido por Daniela Thomas, ganha o prêmio de melhor atriz para Sandra Corveloni no Festival de Cannes. Walter Salles recebeu o prêmio Robert Bresson pelo conjunto da obra no Festival de Veneza de 2009. Em 2020, Salles recebeu o prêmio Fiaf, da Federação Internacional de Arquivos de Filmes, mais importante rede internacional de cinematecas e arquivos de filmes do mundo, pelo seu trabalho em prol da memória cinematográfica brasileira. 
HEITOR LOREGA | Roteirista 
Enquanto ainda era estudante de Arquitetura, a paixão de Heitor pelo cinema o levou a trabalhar como operador de legendas no festival Olhar de Cinema por seis anos consecutivos. Em seguida, ele passou a trabalhar como assistente de direção de arte em séries de TV e curtas-metragens, como “O Estacionamento” (Melhor Curta-metragem nos festivais de cinema do Rio e de Cartagena em 2016). Em 2018, após se formar, decidiu seguir suas aspirações como roteirista e começou a colaborar com Murilo Hauser. Juntos, escreveram “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Aïnouz, “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, além de terem trabalhado como consultores de roteiro para “Retrato de um Certo Oriente”, de Marcelo Gomes, e para o próximo filme de Gabriel Mascaro. Na TV, Heitor escreveu um episódio para a próxima série documental “A História de uma Planta”, dirigida por Nina Kopko e Geovani Martins. No teatro, ele adaptou e foi assistente de direção na adaptação gravada da peça “Les Marchands”, de Joël Pommerat, dirigida por Hauser durante a pandemia. 
MURILO HAUSER | Roteirista 
Murilo Hauser escreveu “A Vida Invisível”, Grand Prix da mostra Un Certain Regard de Cannes em 2019. Em 2021 voltou ao festival com “O Marinheiro das Montanhas”, nova colaboração com o cineasta Karim Aïnouz. Seus curtas “Silêncio e Sombras” e “Meu Medo” foram premiados em Nova York e Buenos Aires e eleitos, por duas vezes consecutivas, Melhor Animação Nacional no Curta Cinema, Rio de Janeiro. Convidado pelo Bergman Center, na Suécia, dirigiu o primeiro trabalho em VR para o museu, filme exibido na 42ª Mostra de Cinema de São Paulo. No teatro criou “Avenida Dropsie” com a Sutil Companhia, assinou texto e direção da premiada “Não Sobre o Amor”, com Felipe Hirsch, e, ao lado de Hector Babenco, dirigiu “Hell”, com Bárbara Paz. Dirigiu também “Ah, a Humanidade”, de Will Eno, e uma adaptação para a tela de “Os Negociantes”, de Joël Pommerat, feita em colaboração com Heitor Lorega. Em Ópera participou de montagens de “O Empresário”, com Marcio Abreu, “O Castelo de Barba Azul” e “Rigoletto”, codirigida com Hirsch para a comemoração do centenário do Teatro Municipal de São Paulo. Murilo recebeu seu diploma de Master of Fine Arts em roteiro pela University of Southern California como bolsista da Fulbright, é tutor no centro de narrativas audiovisuais Cena 15, em Fortaleza, e consultor e produtor executivo do próximo filme de Gabriel Mascaro. 
 
FERNANDA TORRES | Eunice Paiva 
Atriz, escritora, colunista e roteirista, Fernanda Torres é considerada uma das grandes artistas de sua geração. Com carreira no teatro, no cinema e na televisão, Fernanda Torres estreou como atriz aos 13 anos e, aos 40, como escritora. 
Começou no cinema aos 16 anos em “Inocência”, dirigido por Walter Lima Junior, e atuou em diversos filmes que marcaram o renascimento do cinema brasileiro a partir dos anos 90. 
Em 2007, começou a escrever colunas para jornais e revistas. Em 2014, publicou seu primeiro romance, “Fim”, que foi traduzido para sete idiomas e transformado em série para o streaming
SELTON MELLO | Rubens Paiva 
O ator e diretor Selton Mello está comemorando 40 anos de carreira. Ao longo desses anos conquistou o público, a crítica e premiações ao redor do mundo com trabalhos memoráveis, como “O Auto da Compadecida”, “Meu Nome Não é Johnny”, “Lavoura Arcaica”, “O Palhaço”, “Lisbela e o Prisioneiro” e “O Cheiro do Ralo”. Na TV, brilhou em papéis inesquecíveis, em “Ligações Perigosas”, “A Mulher Invisível”, “Os Maias”, “Os Aspones” e “Caramuru – A Invenção do Brasil”. Realizou três filmes como cineasta, com destaque para “O Palhaço”, sucesso de bilheteria premiado em mais de 50 festivais de cinema nacionais e internacionais, sendo também o filme representante do Brasil ao Oscar® de melhor filme estrangeiro de 2013. Em “O Filme da Minha Vida”, Selton acumulou as funções de ator, diretor e roteirista. Baseado na obra do chileno Antonio Skármeta (de “O Carteiro e o Poeta”), estrelado pelo astro francês Vincent Cassel, “O Filme da Minha Vida” teve sua estreia no Festival de Roma e seguiu viagem pelo mundo recebendo o reconhecimento de festivais e críticas por onde passou. Por conta de seu desempenho internacional, Selton passou a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar®. Selton também é diretor e ator da premiada e aclamada série “Sessão de Terapia”, que conta com cinco temporadas. 
VIDEOFILMES | Produtora  
Criada pelos irmãos Walter e João Moreira Salles em 1986, a VideoFilmes é uma produtora independente considerada referência pelo conjunto de seus trabalhos. A produtora já realizou mais de 100 projetos de filmes de ficção, documentários, séries, programas para TV, coproduções nacionais e internacionais. Dentre suas produções estão sete documentários do mestre Eduardo Coutinho, incluindo “Jogo de Cena”, “Edifício Master” e “Últimas Conversas”. “Central do Brasil” e “Linha de Passe”, de Walter Salles; “Santiago” e “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles; filmes de diretores como Sérgio Machado (“Cidade Baixa”), Karim Aïnouz (“Madame Satã”, “O Céu de Suely” e “Marinheiro das Montanhas”), Flavia Castro (“Deslembro”) e Eryk Rocha (“Transeunte” e “Breve Miragem de Sol”). A trajetória da VideoFilmes é marcada pela conquista de mais de 400 prêmios internacionais, entre eles o Urso de Ouro e Urso de Prata no Festival de Berlim, a Palma de Ouro de melhor atriz em Cannes (“Linha de Passe”), Globo de Ouro, dois prêmios Bafta, além de oito indicações e um Oscar® por suas produções e coproduções.   
RT FEATURES | Produtora 
Criada por Rodrigo Teixeira em 2006, a RT Features é hoje uma das principais produtoras audiovisuais brasileiras com destaque no mercado internacional. Seus filmes são reconhecidos mundialmente, tendo sido indicados para mais de 40 prêmios — incluindo seis indicações ao Oscar® e quatro ao Globo de Ouro.  
Produziu, entre outros filmes, “Call Me By Your Name” (2017), de Luca Guadagnino, vencedor do Oscar® de melhor roteiro adaptado; “The Lighthouse” (2019), dirigido por Robert Eggers, que ganhou o prêmio máximo da crítica na Quinzena dos Realizadores de Cannes; “Ad Astra” (2019), de James Gray; “Wasp Network” (2019), de Olivier Assayas; “A Vida Invisível” (2019), de Karim Aïnouz, vencedor do prêmio de melhor filme na mostra Um Certo Olhar de Cannes; “Murina” (2021), de Antoneta Alamat Kusijanovic, vencedor do Camera d’Or no Festival de Cannes e “Armageddon Time” (2022), de James Gray. 
Possui também em seu currículo produções brasileiras de longas-metragens como “O Cheiro do Ralo” (2006), “O Abismo Prateado” (2010), “Tim Maia” (2014), “Alemão” (2014), e a série “O Hipnotizador” (2015). 
MACT Productions | Produtora 
A MACT Productions é uma produtora cinematográfica sediada em Paris, criada em 1992 por Martine e Antoine de Clermont-Tonnerre. Ela produziu e coproduziu filmes de autor internacionais premiados nos maiores festivais do mundo. O catálogo inclui sucessos notáveis como “Central do Brasil”, de Walter Salles (Urso de Ouro na Berlinale de 1998), “Propriedade Privada”, de Joachim Lafosse, “Etz Limon”, de Eran Riklis, “Hannah Arendt”, de Margarethe von Trotta, e “Caravaggio”, de Michele Placido. 
CONSPIRAÇÃO | Coprodutora 
Com 10 indicações ao Emmy Internacional, a Conspiração é a produtora independente da América Latina com o maior número de indicações na premiação, sendo vencedora na categoria melhor comédia, com “A Mulher Invisível”. É realizadora de séries como “Fim” (Globoplay), “Sob Pressão” (TV Globo), “Dom” (Prime Video), “Anitta: Made in Honório” (Netflix), “Detetives do Prédio Azul” (Gloob) e “1 Contra Todos” (Fox), além dos shows de não ficção “Viajando com Os Gil” (Prime Video), “Angélica: 50 & Tanto” (Globoplay) e “Se Eu Fosse Luísa Sonza” (Netflix). No cinema, participou dos mais importantes festivais do mundo, como Cannes, Berlim, Sundance, Veneza e Toronto, e foi responsável pelos sucessos de crítica e bilheteria como “Eu Tu Eles” (menção especial de Un Certain Regard), “Casa de Areia” e “2 Filhos de Francisco” – indicação oficial do Brasil ao Oscar® de melhor filme estrangeiro. Atualmente, a produtora prepara títulos como “O Auto da Compadecida 2”, “Ainda Estou Aqui”, “Detetives do Prédio Azul 4”, “A Droga da Obediência” e “Vini Jr”. 
GLOBOPLAY | Coprodutora 
O Globoplay é a maior plataforma brasileira de streaming, onde os assinantes têm acesso exclusivo a conteúdos originais e licenciados e às produções da Globo. São novelas, séries, realities, humorísticos, filmes, esporte, documentários, infantis e títulos internacionais de sucesso. Com o Globoplay +Canais, além de todo catálogo do Globoplay, o assinante tem ainda a experiência de consumo de 17 canais pagos da Globo, ao vivo e sob demanda. A plataforma também disponibiliza o sinal ao vivo da TV Globo e de outros canais gratuitos. Tudo isso disponível para ver quando e onde quiser. 
SONY PICTURES | Distribuidora  
A Sony Pictures Entertainment (SPE) é uma subsidiária da Sony Corporation of America, uma subsidiária da japonesa Sony Corporation. As operações globais da SPE abrangem produção, aquisição e distribuição de filmes em cinema, home entertainment, televisão e mídias digitais; uma rede global de canais; operação de estúdio, desenvolvimento de novos produtos audiovisuais, serviços e tecnologias. Tudo isto representa a distribuição de entretenimento em mais de 140 países. 
Com presença marcante no mercado nacional, a Sony Pictures distribuiu e/ou coproduziu no Brasil, 22 dos 25 filmes nacionais lançados na década de 90, momento da retomada. Em 2024, através do investimento em inúmeras produções, apostando em novos talentos e diferentes gêneros ao longo dos últimos anos, a Sony chega à marca de mais de 70 filmes nacionais distribuídos e/ou coproduzidos, entre eles: “Deus é Brasileiro”, “O Auto da Compadecida”, “Carandiru”, “Cazuza”, “2 Filhos de Francisco”, “Meu Nome Não é Johnny”, “Chico Xavier”, “Xingu”, “Tainá”, “Um Tio Quase Perfeito”, “Entre Irmãs”, “Kardec” e “Ninguém é de Ninguém”. 
Fonte: Anna Luiza Muller   e Ligia Lopes