Irrmandade completa 89 anos de atividades mundiais ajudando pessoas a se recuperarem da doença do alcoolismo
Alcoólicos Anônimos (A.A.) completa 89 anos de atividades mundiais em junho. Fundado nos Estados Unidos em 1935, A.A. é uma referência na recuperação de alcoólicos em mais de 180 países. No Brasil está presente em todos os estados e Distrito Federal com cerca de 4 mil grupos. O Rio de Janeiro, onde as atividades da irmandade tiveram início no país, é o segundo estado com maior número de grupos de recuperação, atrás somente de Minas Gerais.
Mesmo com tamanho reconhecimento, muitas pessoas têm dúvidas sobre as reuniões ou o funcionamento de A.A.. Para celebrar a data e levar a mensagem de recuperação para o alcoólico que ainda precisa de ajuda, Alcoólicos Anônimos esclarece os principais mitos sobre a irmandade. Confira:
Verdade: em A.A. não há terapeutas profissionais. Em seu programa de recuperação os membros ajudam-se mutuamente, compartilhando entre si experiências semelhantes em sofrimento e recuperação do alcoolismo. Em qualquer reunião de A.A. você encontrará alcoólicos falando sobre o que a bebida fez em suas vidas e personalidades, quais as atitudes que tomaram para ajudar a si mesmos e como estão vivendo hoje.
Verdade: embora o programa de A.A. tenha elementos espirituais, a irmandade não é uma organização religiosa e nem está ligado a qualquer religião, sendo aberto a pessoas de qualquer crença ou sem crença.
Verdade: o único requisito para tornar-se membro de A.A. é o desejo de parar de beber e não há necessidade de pagar taxas nem mensalidades. No Grupo, os gastos previstos para o aluguel do lugar das reuniões, para café e refrescos e para a literatura de A.A. são cobertos com dinheiro das contribuições espontâneas e voluntárias dos membros.
Verdade: em A.A., acreditamos que o alcoolismo é uma doença física, mental e espiritual, progressiva e incurável. Jamais poderemos voltar a beber normalmente e nossa capacidade de ficar longe do álcool depende de mantermos a nossa saúde física, mental e espiritual, que podemos conseguir indo regularmente às reuniões e pondo em prática o que lá aprendemos. Além do mais, achamos que ajudarmos outros alcoólicos nos ajudará a mantermo-nos sóbrios.
Verdade: a doença do alcoolismo atinge pessoas de todas as idades, raças, credos e situações financeiras. Nos últimos anos, especialmente durante a pandemia de covid-19, houve um aumento da presença de mulheres em A.A. e mais jovens estão chegando à irmandade. Inclusive, além das reuniões mistas, há reuniões de composição feminina e para a comunidade LGBTQIAP+.
Uma outra dúvida comum diz respeito ao anonimato. Por que os membros de A.A. não revelam que fazem parte da irmandade? O anonimato é e sempre foi um alicerce importante do programa de A.A.. No início das atividades, o estigma da doença era maior que atualmente, e havia um receio em identificar-se publicamente como alcoólico. À medida que A.A. crescia, o anonimato tornou-se um valor importante também para que a irmandade se oriente pelos princípios, e não pelas personalidades. O anonimato também é a segurança para todos os AAs, especialmente os recém-chegados, de que sua identidade não será revelada a ninguém fora da irmandade.
“É interessante perceber a capacidade de permanecer na abstinência de quem frequenta Alcoólicos Anônimos. Mas o programa de recuperação de A.A. vai além do parar de beber. É um programa de transformação de hábitos, da forma de pensar, criando comportamentos e buscando autocuidado de forma segura, equilibrada e adequada. Só por hoje!”, destaca Gabriela Henrique, psicóloga e vice-presidente da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil (JUNAAB).
Para quem tem interesse em conhecer melhor o programa de recuperação de A.A., o site de Alcoólicos Anônimos (www.aarj.org.br) reúne diversas informações importantes e também há o podcast Falando de A.A. Para localizar o grupo de recuperação mais próximo, acesse: https://www.aarj.org.br ou o aplicativo AARJ.
Fonte: Imprensa AA